Laura Ashley foi uma estilista galesa que nasceu em 1925 e faleceu em 1985, ela começou sua empresa do zero com seu marido Bernard Ashley.
Bernard e Laura se conheceram quando ela ainda trabalhava como secretária e ele como corretor de ações. Casaram-se em 1949 e logo tiveram dois de seus quatro filhos.
A empresa nasceu após uma visita do casal à uma exposição de artesanatos tradicionais no Instituto da Mulher no Victoria Albert Museum, em Londres, em que Laura se interessou pelo assunto. Ao procurar tecidos para fazer uma colcha, Laura acabou frustrando-se pois não achou nenhum que a agradasse. O casal então decidiu produzir seus próprios tecidos, com desenhos originais.
Com 10 euros, Bernard comprou uma moldura de madeira, telas, corantes e tecidos para que Laura pudesse começar a trabalhar nas estampas. Com muitas idas a biblioteca, onde pode alugar livros sobre estamparia de tecidos, e os materiais adquiridos, Laura finalmente pode começar o novo trabalho na mesa da cozinha de sua casa. Por possuir pouco espaço e um número limitado de material, ela começou a produzir tecidos quadrados de tamanho pequeno.
Laura começou transformando esses pequenos tecidos em toalhas de chá, jogos de cozinha, guardanapos e outros produtos que não necessitavam de muito material para serem confeccionados.
Quando Laura começou os seus primeiros trabalhos, gostava de fazer produtos que fossem usados pelas mulheres que tomavam conta do lar, uma característica importante para a marca. Logo, ela foi encontrando o estilo pelo qual é conhecida até hoje, os florais delicados e femininos e a referência aos padrões dos séculos XVIII e XIX.
Ao fazerem uma viagem para a Itália na época da estreia do filme “A Princesa e o Pebleu”, de Audrey Hepburn e Gregory Peck, o casal percebeu que as echarpes usadas no filme por Hepburn foram muito copiadas pelas italianas e haviam tornado-se tendência lá.
Foi então que Laura começou a produzir echarpes, já que elas também eram um tipo de produto que utilizava pouco tecido.
A empresa começou chamando-se Ashley Mountney (ambos nomes de casada e solteira de Laura, respectivamente), mas Bernard decidiu que seria melhor mudar o nome da marca para Laura Ashley, pois esse nome combinava mais com o estilo dos produtos delicados que eles vendiam. Até então, o casal fazia as suas vendas exclusivamente pelo correio.
Com o sucesso das echarpes, a empresa pode crescer e logo estava vendendo para grandes lojas. Com o crescimento da empresa, veio a mudança da família, em 1955, de Londres para Kent, no interior da Inglaterra, onde puderam aumentar a produção.
Também foi com esse crescimento que veio outra característica importante da marca, a utilização de tecidos confeccionados com 100% de algodão, fato que só foi mudado no início da década de 1980, quando foi admitida a utilização de tecidos de mistura de algodão e do uso do jérsei.
Em 1958, a marca abriu um showroom em Londres e lá eram expostos desde os produtos de moda à produtos de decoração e têxteis.
Nas décadas de 1960 e 1970, com o surgimento do movimento Flower Power, a marca ganhou mais reconhecimento, já que os designs feitos por Laura eram os delicados florais e as roupas mais campestres que estavam na moda entre os jovens da época.
Após a morte de Laura em 1985, a companhia abriu capital. Ela continuou sendo administrada por sua família, e seu marido Bernard (que chegou a se tornar Sir) continuou como presidente até 1993, quando tornou-se presidente vitalício. Seus filhos continuaram a trabalhar com a criação de lojas e de novos produtos.
Hoje a marca ainda existe e é dirigida por um grupo tailandês.
Alguns exemplos dos produtos da marca Laura Ashley:
Confira:
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A versão em inglês do post: https://fashionsummedup.com/ashley-laura/
Bibliografia: Callan, Georgina O’Hara; Enciclopédia da moda de 1840 à década de 90 / Georgina O’Hara Callan ; verbetes brasileiros Cynthia Garcia : tradução Glória Maria de Mello Carvalho, Maria Ignez França – São Paulo : Companhia das Letras, 2007.
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