Alix

Germaine Émilie Krebs, Alix ou, como ficou mais conhecida, Madame Grès foi uma estilista nascida em Germaine Krebs em Paris em 30 de novembro de 1903. Seu sonho era o de ser escultora, mas sua família foi contra e então ela passou a se interessar por moda e a confecção de roupas.

Vestidos por Madame Grès.

Seu primeiro trabalho na área foi como designer de chapéus femininos, trabalho no qual logo conseguiu excelência despertando um verdadeiro interesse em roupas. Portanto, em seguida ela conseguiu trabalho na Maison Premet, a qual era conhecida por exigir perfeição de suas roupas.

Em 1932 abriu sua primeira casa de moda, a “La Maison Alix”. Em 1933 adicionou ao nome da sua marca o sobrenome Barton, por causa de Juliette Barton que trabalhava com ela, transformando-o em “La Maison Alix Barton”. Pouco tempo depois, em 1934, ela retirou o nome Barton e voltou a ser somente a “Maison Alix” até 1942, quando ela mudaria o nome da marca novamente.

Ainda como “Alix”, Madame Grès ganhou fama por fazer roupas esculturais direto nos corpos de modelos e bustos, conseguindo transformar metros de tecidos em uma única peça. Outro grande feito durante essa época foi o figurino da peça “Não haverá Guerra de Tróia” de Jean Giraudoux em 1935.

Madame Grès e modelo.

No final da década de 30 ela já era uma estilista consagrada e tinha como clientes pessoas como A Duquesa de Windsor, Edith Piaf, Paloma Picasso, Grace Kelly, Marlene Dietrich, e Greta Garbo.

Vestido por Madame Grès, 1937.

Em 1942 decidiu mudar o nome da maison para “Grès”, um anagrama do primeiro nome de seu então marido, o pintor russo Serge Czerefkov. Durante a Segunda Guerra Mundial as tropas alemãs exigiram que ela parasse de produzir suas roupas da maneira pela qual ficou conhecida, drapeando metros de tecido, e passasse a produzir roupas utilitárias e mais lisas. Ela negou-se e fez uma coleção com as cores da bandeira francesa como forma de protesto. Em resposta os alemães mandaram-a fechar as portas devido ao excesso de tecidos que ela usava. Ela teve que acatar com as ordens dadas e ficou fora de Paris até a cidade deixar de ser ocupada. Ao voltar a trabalhar passou a assinar suas obras como “Madame Grès”.

Durante a década de 40 ela continuou a aperfeiçoar seu estilo de drapeados e seus vestidos no estilo “vestimentas de deusas gregas”, que podiam levar até 300 horas para serem feitos. Na década de 50 continuou com sua atenção meticulosa as roupas, mas mudou um pouco seu foco, passou a produzir roupas mais lisas e simples e também sarapes, kimonos e saris, além de começar a produzir ternos femininos, sem abandonar sua marca registrada, os depredados.

Em 1959, após uma viagem para a India, lançou seu perfume, Cabochard.

Cabochard por Grès.

Na década de 70 deixou seus drapeados minuciosos um pouco de lado e passou a mostrar um pouco mais de pele em suas roupas. Madame Grès trabalhou até a dedada de 80, e seu último vestido foi uma encomenda de Givenchy em 1989. Infelizmente assim que ela se aposentou a maison começou a sofrer problemas financeiros e foi vendida três vezes para manter suas portas abertas. Em 2012 a última loja da maison foi fechada em Paris.

Madame Grès ficou famosa por seus vestidos considerados clássicos. Adorava usar jérsei, seda e lã que ela moldava drapeando os vestidos direto nos corpos, formando muitas peças únicas, que não eram produtos de coleções. Ela usava formas assimétricas, cortes enviesados e mangas morcego com frequência. Sempre manteve seu sonho de se tronar uma escultura vivo, esculpindo suas roupas nos corpos de suas modelos. Até hoje ninguém conseguiu se igualar a ela na questão de drapear roupas.

Alix faleceu em 24 de Novembro de 1993, aos 89 anos.

O video a seguir foi feito por Philippe Cornet, e nele pode-se ver diversos exemplos do trabalho da estilista Alix, chamada de Madame Grès e conhecida por seu esplêndido trabalho na alta costura e do extenso uso do drapeado. O conteúdo do video foi tirado da exposição ” La Couture à L’œuvre” do Museu Bourdelle em Paris.

Confira:

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Bibliografia: Callan, Georgina O’Hara; Enciclopédia da moda de 1840 à década de 90 / Georgina O’Hara Callan ; verbetes brasileiros Cynthia Garcia : tradução Glória Maria de Mello Carvalho, Maria Ignez França – São Paulo : Companhia das Letras, 2007.

https://en.wikipedia.org/wiki/Grès

http://blog.jewelryaccessories.com/fashion-designers/312-alix-gres-madame-gres.html

https://en.wikipedia.org/wiki/Madame_Grès

http://www.thefashionhistorian.com/2011/08/madame-gres.html

http://www.fashionencyclopedia.com/Fr-Gu/Gr-s-Madame.html

http://theredlist.com/wiki-2-23-1249-1255-view-1940s-profile-madame-gres-3.html

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