David Royston Bailey é um fotógrafo inglês, nascido em Londres, em 1938.
Quando pequeno, teve grande dificuldade na escola devido a uma dislexia não diagnosticada. Aos 15 anos, deixou a escola para começar seu primeiro emprego como copy boy no escritório do jornal Yorkshire Post.

Ficou entre empregos até 1956, quando foi convocado pela Força Aérea Real (RAF, Royal Air Force) para servir em Singapura, em 1957. Enquanto estava servindo, comprou uma camera Rolleiflex e começou a tirar suas primeiras fotos.
Em 1958, foi dispensado do serviço na RAF e decidiu continuar a praticar e estudar fotografia. Comprou uma câmera Canon Rangefinder e tentou ingressar na London College of Printing, porém, devido ao seu histórico escolar, não foi aceito na instituição.
Conseguiu, então, um emprego como segundo assistente de David Ollins, em que, no entanto, não era encarregado de fazer nenhum trabalho ligado a sua própria produção fotográfica. Pouco tempo depois, foi convidado a fazer uma entrevista com o fotógrafo John French e, em 1959, começou a trabalhar oficialmente como seu assistente. Em 1960, começou a trabalhar como fotógrafo no estúdio de fotografia “Studio Five” de John Cole.

Em seguida, no final do mesmo ano, foi contratado pela Vogue Britânica. A partir de então, David Bailey se transformou em um dos fotógrafos mais famosos do mundo.
No início de sua carreira, descobriu a modelo Jean Shrimpton, e juntos começaram a obter grande sucesso. Nessa época, os dois viveram um romance que foi transformado pela rede britânica BBC no filme para tv “We’ll take Manhattan”, em 2012.

Em pouco tempo, ele e mais dois colegas fotógrafos igualmente respeitados, Terence Donovan e Brian Duff, ficaram conhecidos como A Trindade Negra (The Black Trinity), e foram creditados como alguns dos responsáveis pelo movimento conhecido como “Swinging London”.
Michelangelo Antonioni também se inspirou em Bailey, entre outros fotógrafos, para criar o filme “Blow Up”. O protagonista, interpretado por David Hemmings, um fotógrafo, e seu estilo de vida foram diretamente inspirados em sua vida.
Seu trabalho não foi só focado na moda, Bailey também é mundialmente reconhecido por seus retratos e por sua fotos autorais.

Apesar de ser mais reconhecido pelo estilo fotográfico em que as fotos são bem exploradas em preto e branco, Bailey também trabalha com cores. Além da fotografia, ele também se dedicou à direção de comerciais de TV e documentários.
Em 1976, também começou a se aventurar pelo mundo editorial, lançando a revista “Ritz Newspaper”, inicialmente uma mistura das revistas “Interview”, de Andy Warhol, e da “Rolling Stone”. A “Ritz Newspaper” funcionou até 1991 e foi responsável por introduzir as fotos de paparazzi no Reino Unido.

Sua vida amorosa também chamou muita atenção. Era conhecido como um conquistador, tendo se envolvido com diversas modelos. Se casou quatro vezes: a primeira, em 1960, com Rosemary Bramble, depois, em 1965, com a atriz francesa Catherine Deneuve, em 1975, com a modelo Marie Helvin, e, por último, em 1986, com sua atual esposa, a modelo Catherine Dyer.

David Bailey foi uma das principais celebridades de sua época de juventude, os anos 1960, e é um fotógrafo renomado e muito procurado até hoje.

Alguns dos nomes com os quais pode trabalhar com e/ou fotografar ao longo dos anos são: A Rainha Elizabeth II, a Princesa Diana, Margaret Thatcher, Terence Stamp, os integrantes dos Beatles, The Who e Rolling Stones (incluindo Brian Jones), Peter Sellers, PJ Proby, Cecil Beaton, Rudolf Nureyev, Andy Warhol, os gêmeos gângsters Kray; as modelos Jean Shrimpton, Twiggy, Penelope Tree, Kate Moss, Naomi Campbell e Cara Delevigne; os estilistas Yves Saint Laurent, John Galliano, Alexander McQueen e Tom Ford; as marcas Balanciaga, Dior, Chanel e Versace; com as empresas Volkswagen, Olympus e Nº7; e até mesmo a organização Greenpeace.
Confira:
A pasta do post no Pinterest: https://br.pinterest.com/amodaresumida/b/bailey-david/
A versão em inglês do post: https://fashionsummedup.com/bailey-david/
Bibliografia: Callan, Georgina O’Hara; Enciclopédia da moda de 1840 à década de 90 / Georgina O’Hara Callan ; verbetes brasileiros Cynthia Garcia : tradução Glória Maria de Mello Carvalho, Maria Ignez França – São Paulo : Companhia das Letras, 2007.
https://en.wikipedia.org/wiki/David_Bailey
https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Bailey
https://g.co/arts/Crk24dW2YtUUud9e8
https://www.thecut.com/2014/09/see-glorious-images-of-veruschka-in-blow-up.html
Um comentário em “Bailey, David”