Ela era uma artista exótica, cantora, dançarina, atriz, ativista e até mesmo espiã.

Nascida Freda Josephine McDonald em 3 de Julho de 1906, em Saint Louis, Missouri, EUA.
Seus pais eram artistas pobres e criaram Josephine em um bairro que abrigava muitos teatros de vaudeville, que funcionavam como casas de cinema, expondo-a ao showbiss desde muito cedo. Ela teve uma infância pobre, e, apesar de só ter frequentado a escola até o quinto ano, desenvolveu muito sua inteligência de rua.
Desde muito nova, Baker teve que trabalhar para ajudar a sua família. Aos oito anos de idade, assumiu seu primeiro emprego como ajudante de uma família branca. Trabalhou como garçonete e chegou a morar na rua, até que, aos treze anos, se casou com Willie Wells, um casamento que durou apenas um ano.
Em 1921, com quinze anos, Baker se casou pela segunda vez, desta vez com Willie Baker. Nessa época, começou a perseguir a vida de artista. Ela foi para Nova York com a trupe teatral da qual fazia parte e conseguiu ser recrutada para um show da Broadway.
Em 1925, se divorciou novamente, e passou a ficar conhecida como “Josephine Baker”. Também nesse mesmo ano, se mudou para Paris, onde começou a ganhar sucesso.
Sua dança exótica e o fato de que ela costumava aparecer nua no palco a tornaram conhecida em todos os lugares. Trabalhou em vários espetáculos e apresentou-se em locais como o cabaré Folies Bergère e o Casino de Paris.
Naquela época, ela costumava se apresentar no palco com sua chita de estimação chamada Chiquita.

Em meados dos anos 30, ela voltou para Nova York e tentou uma carreira na Broadway, mas não teve o mesmo sucesso que teve em Paris.
Por isso, decidiu retornar a Paris e, em 1937, casou-se, pela terceira vez, com Jean Lion, e tornou-se cidadã francesa.
Em 1939, quando a Segunda Guerra Mundial foi declarada, Baker foi recrutada pelo “Deuxième Bureau”, a inteligência militar francesa, como um “correspondente de honra”. Baker coletava informações sobre as tropas alemãs de autoridades que ela conhecia em festas.
Ela se divorciou em 1940 e se casou pela última vez, a quarta, em 1947, com o compositor francês Jo Bouillon. O casamento durou 14 anos e, em 1961, eles se divorciaram.
Apesar de morar em Paris, Josephine foi uma das personalidades que se envolveu com o ativismo americano durante a década de 1960.

Foi responsável por popularizar os artistas de pele negra na sociedade daquele tempo. E, na moda, é mais conhecida por sua carreira na década de 1920, em que disseminou o uso de colares de contas, gargantilhas, pulseiras, tornozeleiras, luvas de cores fortes, franjas e roupas coloridas.
Ela costumava aparecer nua no palco ou usando algo como um saiote de plumas ou, seu “look” mais famoso, o cinto de bananas artificiais.
Ela é conhecida como ícone da era do jazz dos anos 1920 e morreu em 1975.
Confira:
A pasta do post no Pinterest: https://br.pinterest.com/amodaresumida/b/baker-josephine/
A versão em inglês do post: https://fashionsummedup.com/baker-josephine/
Bibliografia: Callan, Georgina O’Hara; Enciclopédia da moda de 1840 à década de 90 / Georgina O’Hara Callan ; verbetes brasileiros Cynthia Garcia : tradução Glória Maria de Mello Carvalho, Maria Ignez França – São Paulo : Companhia das Letras, 2007.
https://fashionsummedup.wordpress.com/2019/07/30/baker-josephine/